Faz pouco tempo, o ator Alfonso Herrera foi eleito o “Homem do Ano” pela revista GQ México por sua participação na série Sense8 e por seus trabalhos fora do país. Em um entrevista onde foram relembrados fatos de sua carreira, Poncho fala um pouco mais sobre seus trabalhos, sobre como os escolhe e muito mais. Confira aqui a entrevista traduzida exclusivamente pelo RBDForever:
Pertence a essa geração de jovens atores que gostam da metamorfose e da oportunidade de mudar de pele a cada papel: pode ir da comédia romântica ao drama, e passar por histórias de espionagem baseadas em fatos reais, com toda naturalidade. Sua carreira teve inicio no cinema em “Amar te Duele” (2002), mas foi a televisão que lhe deu fama internacional (RBD).
“Na atuação encontrei um lugar onde me sentia útil, onde podia compartilhar algo que gostava, me sentia cômodo, livre e desfrutava. Quando se sente assim, as coisas vão acontecendo por si só”, assegura.
Sua desenvoltura frente as câmeras é resultado de puro trabalho, coisa que segue perturbando o ego de muitas celebridades. As diversas opiniões que surgiram em torno de sua educação formal como ator, só impactaram de maneira positiva a única verdade sobre ele: o jovem que um dia sonhou em ser aviador, sabe bem o que faz e além disso o faz muito bem. Como exemplo de alguns de seus projetos: na televisão, “El Diez” e o mais recente “El Dandy” (onde contracena com o experiente Damián Alcázar); no cinema, os filmes “Venezzia” e ” La Dictadura PErfecta”; no teatro, “The Pillowman”, “Rain Man” e ” Nadando con Tiburones” (junto a outro mexicano talentoso, Demián Bichir). Além disso, no programa “La Ciencia de lo Absurdo” aparece como apresentador e em “SuperCerebros” de National Geographic, foi juiz. As animações (‘Igor’, ‘Minions’, ‘Los Croods’ e ‘ Metegol’) também aparecem em seu currículo, confirmando a hipótese de que todo ator também deve se divertir no set.
“Ao eleger um personagem levo em conta três fatores: que me agrade, que tenha algo a dizer e definitivamente, que possa aprender algo ao interpretá-lo. Se existe algo que aprendi é que sempre se aprende, você nunca para de nutrir-se, seja no pessoal ou no técnico”,
explica antes de revelar o que o motivou a eleger seus mais recente – e polêmico – trabalho: Hernando, da série ‘Sense8’, escrita e produzida pelos irmãos Wachowski e transmitida pela Netflix. “Era um risco, especificamente pela sociedade em que vivemos. Me pareceu um personagem precioso, profundo: Hernando é alguém que se apaixona por uma partida de futebol, por uma pintura, é um apegado, e eu sou tudo menos apegado. Sou muito prático, esqueço tudo e nesse sentido se tratava de abrir um pouco mais a cabeça. Hernando mostra algo que na América Latina e México se tem medo, mostra dois seres humanos do mesmo sexo que se amam profundamente. Isso me pareceu interessante, obviamente vai da mão dos diretores e da plataforma também. É uma história revolucionária pelo que conta e como conta, com diretores que mudaram a forma de fazer cinema e uma plataforma que mudou a maneira de se consumir esse tipo de conteúdo. Se juntar as três coisas, é um projeto no qual qualquer um queria estar. Foi um presente e dar continuidade é a melhor parte: Estamos para começar a segunda temporada em alguns meses”.
Créditos: GQ México & RBDForever.com.br (tradução)